Um dos melhores filmes do gênero policial, Pulp Fiction (1994), tem a direção e o roteiro de Quentin Tarantino. O filme nos insere em uma atmosfera de crime e violência sem precedentes, numa versão nada glamourizada do submundo dos gânsgsters, superando os clichês com novos clichês – numa aventura de ousadia e técnica que oscila entre o clássico e o moderno numa plástica perfeita de cores, sons e imagens. Recheado de grandes atuações este filme representa um fenômeno artístico dos anos 90 que veio a influenciar toda uma geração de cineastas.
O filme se subdivide em três contos fragmentados que são apresentados de forma não cronológica – recurso que permite certa autonomia entre as estórias que se interligam através dos personagens as compõe. Em uma delas, dois assassinos: Vincent Vega – John Travolta e Jules Winnfield – Samuel L. Jackson, estão realizando uma cobrança, a mando de seu chefe Marsellus Wallace (Ving Rhames), o que desencadeia uma série de desacertos que culmina num trágico acidente levando a vida de um amigo deles. Paralelamente, Vincent deve conduzir a mulher de Marsellus, Mia Wallace (interpretada por Uma Thurman) para se divertir durante sua ausência, realidades incomuns para uma imaginação mediana. Por fim, nos deparamos com Butch Coolidge (Bruce Willis), um pugilista que foi induzido a lutar em um combate onde deve perder, mas, surpreende a todos e vence num golpe contra Marsellus Wallace.
O mérito do filme está justamente na composição dos seus personagens e na dinâmica com que esses se entrelaçam através de uma perspicácia que torna o filme intrigante – ao mesmo tempo em que responde bem a perspectiva policial – noir o filme é coerente quanto ao seu enredo, sua trama se encontra e explica de modo que todas as expectativas suscitadas são plenamente saciadas, não é um daqueles filmes cults incompreensíveis e prolixos. Sendo, portanto, um filme que une bons recursos cinematográficos e entretenimento.
A violência que emerge dos filmes de Tarantino acabam de certa forma “saturando” o telespectador, o que proporciona certo sarcasmo aos fatos, é o humor negro que banaliza e naturaliza temas como a violência e drogas, apresentando uma realidade sem pudores e recatos tipicamente maniqueístas.
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